Qual o peixe consumir? O Convivium Slow Food do Grande ABC aplicou pesquisa sobre o gosto do brasileiro com relação ao consumo de peixes e a forma que gosta de preparar e comer. As pessoas preencheram um questionário respondendo a 10 questões abertas e fechadas. O mesmo questionário foi aplicado o ano passado. O resultado do ano de 2013 está publicado no site www.slowfoodbrasil.com.br (Slow fish / pesquisa Semana Santa) O Jornal Estado de São Paulo do dia 27.04, no seu caderno Paladar publicou material sobre consumo, escolha e dicas do peixe, vamos conferir.... Guia de peixes para o consumidor consciente 27 de março de 2014| 2h44| - Por Jose Orenstein
É difícil romper o ciclo da mesmice do pescado. Funciona assim: o consumidor quer comer o de sempre, o chef teme perder clientes ou ver o produto encalhado (alguns têm uma certa preguiça de trabalhar com um peixe diferente), o peixeiro fornece o que os restaurantes pedem. E o pescador, que dá duro para tirar o peixe do mar, não quer o risco de trazer espécies que não vão vender e que custam muito para ser pescadas. Nessa ciranda, as populações das espécies mais cobiçadas vão diminuindo.
COMA COM MODERAÇÃO
As espécies listadas nesta categoria não têm o nível populacional ameaçado – os estoques estão normais. Mas especialistas recomendam moderação no consumo porque o tipo de pesca comumente utilizado para tirá-las do mar, como o arrasto, gera pesca acidental (o bycatch), provocando impacto negativo nos estoques de outras espécies. E a má notícia é que, entre os peixes apontados aqui, você certamente encontrará os que está acostumado a comer…
Camarão Sete-barbas
Corvina
Pescadas
Robalo
Sardinha
Tainha
Atum
Anchova
Robalo. Dos mais pedidos em restaurantes. É encontrado no litoral de SP, mas vem mais do Nordeste. FOTO: Felipe Rau/Estadão
EVITE
Nesta categoria estão peixes que podem entrar em risco de extinção. As espécies listadas têm o nível populacional baixo e as técnicas de pesca usadas para elas também têm impacto negativo no ambiente – a pesca acidental, que ocorre paralelamente à captura, ameaça outras espécies.
Linguado
Badejo, Abadejo
Cações ou Tubarões
Cherne verdadeiro
Namorado
Garoupa
Camarão-rosa
Garoupa. É saboroso, vem de SC, mas, infelizmente, passa por sobrepesca no Brasil. FOTO: Marcos Mendes/Estadão
NÃO OBRIGADO
Estes peixes têm a comercialização totalmente proibida, segundo normativa do Ibama. Se alguém o fizer, estará praticando crime ambiental. Em maio do ano passado, a Polícia Federal apreendeu 700 kg de Rhinobatos horkelli, a raia-viola, que eram vendidos na Ceagesp e prendeu os dois empresários que vendiam o produto.
problema, dizem especialistas, é que muitas vezes é difícil identificar as espécies proibidas, pois elas são muito parecidas com as outras. E, quando alguns pescadores acidentalmente pegam uma delas, por medo de serem presos acabam devolvendo os peixes mortos ao mar.
Badejo-tigre
Cação-anjo
Caranha, cioba ou vermelho
Mero
Peixe-serra
Raia-viola
Guaivira. Está em todo o litoral e atende por um monte de outros nomes. FOTO: Clayton de Souza/Estadão
BOM APETITE
As espécies desta lista podem ser consumidas sem culpa. Não há risco de diminuição de estoques no horizonte. Mas o desafio ao sugerir algumas delas é fazer o consumidor entender que podem ser tão saborosas quanto aquelas a que ele está acostumado.
Bonito
Guaivira
Oveva
Sororoca
Cavalinha
Espada
Lula
Carapau
Manjuba
Xixarro
Camarão-branco
Veja a íntegra da edição do Paladar de 27/3/2014
Em breve, publicaremos o resultado da pesquisa Semana Santa 2014, na página do Slow Fish Brasil.
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